Com a idade de 17 anos, foi salvo: aprendeu a ler e, não muito depois, foi chamado a pregar e separado para o ministério. Seus sermões eram secos e sem fruto até que, um dia, em viagem para Maentworg, segurou seu cavalo e entrou na mata onde derramou a sua alma em oração a Deus. Como Jacó em Peniel, de lá não saiu antes de receber a benção divina. Depois daquele dia reconheceu a grande responsabilidade de sua obra; regozijava-se sempre no espírito de oração e surpreendeu-se grandemente com os frutos gloriosos que Deus começou a conceder-lhe. Antes destas coisas, possuía dons e corpo de gigante; porém, depois, foi-lhe acrescentado o espírito de gigante. Era corajoso como um leão e humilde como um cordeiro; não vivia para si, mas para Cristo. Além de ter, por natureza, uma mente ativa e uma maneira tocante de falar, tinha um coração que transbordava de amor para com Deus e o próximo. Verdadeiramente era uma luz que ardia e brilhava. Aos 26 anos de idade, Christmas Evans começou a pregar nas igrejas em Anglesey, no país de Gales, e obteve êxito na pregação do evangelho por 20 anos. Muitas igrejas ali eram sandemanianas, uma forma de calvinismo extremo, equivalente ao fatalismo, que priva o homem de responsabilidade moral. O líder da seita era um orador brilhante e culto, e, durante anos, Evans trabalhou e pregou para frustrar os ensinamentos dele.
Na época, ele perdeu muito do espírito de
oração e sentiu grande necessidade e anseio por uma comunhão maior com Deus.
Eu estava cansado de estar com o coração frio com relação a Cristo, à Sua
expiação e à obra de seu Espírito; sentia o coração frio no púlpito, na oração
em particular e no estudo, especialmente quando me lembrava de que, por 15
anos, meu coração ardeu em meu íntimo com se eu estivesse a caminho de Emaús
com Jesus. Finalmente, chegou o dia em que senti obrigado a orar, embora meu
coração estivesse endurecido, e meu espírito carnal. Depois de começar a clamar
o nome de Jesus, logo senti como se grilhões estivessem caído e os montes de
neve e gelo estivessem derretendo dentro de mim... Era como se todo o meu
espírito estivesse livre de um terrível cativeiro... Minhas lágrimas corriam
abundantemente, e fui constrangido a chorar alto e pedir em oração as visitas
graciosas do Senhor, a alegria de Sua salvação, e que Ele visitasse novamente
as igrejas de Anglesey que estavam sob meus cuidados.
Essa
luta durou três horas. Ela vinha sobre mim repetidas vezes, como uma maré
levada por um vento forte, até que o pranto e as lágrimas enfraqueceram
consideravelmente minha força física. Assim, entrguei-me completamente a Cristo
– corpo, alma, dons e trabalho, toda a minha vida...Confiei tudo às mãos de
Cristo... Então, o Senhor livrou as pessoas de Anglesey e a mim de sermos
tragados pelos males do sandemonianismo.
Depois disso, Evans começou a pregar com uma nova unção e um
novo poder. Um grande avivamento se espalhou a partir do pregador às pessoas de
toda a ilha de Anglesey e, depois, a todas as partes do País de Gales. As
pessoas ficavam tão comovidas com os sermãos de Evans, que, literalmente,
dançavam de alegria, recebendo, por causa disso, o apelido de “saltadores
galeses”. Os sermões poderosos, o sopro do céu, os prantos, os louvores e a
volta dos pecadores para Deus, agora, eram características das reuniões de
Evans aonde quer que ele fosse. Como vigia fiel, não podia pensar em dormir enquanto a cidade se incendiava. Humilhava-se perante Deus, agonizando pela salvação de pecadores, e de boa vontade gastou suas forças físicas, ou mentais, pregou o último sermão, sob o poder de Deus, como de costume. Ao findar disse: " Este é meu último sermão " . Os irmãos entenderam que se referira ao último sermão naquele lugar. Caiu doente, porém, na mesma noite. Na hora da sua morte, três dias depois, dirigiu-se ao pastor, seu hospedeiro, com estas palavras: " O meu gozo e consolação é que, depois de me ocupar na obra do santuário durante cinqüenta e três anos, nunca me faltou sangue na bacia. Prega Cristo ao povo " . Então, depois de cantar um hino, disse: " Adeus ! Adeus ! " e faleceu.
Quando li este testemunho que ocorreu a mais de
176 anos atrás, e vejo que está mais atual que nunca, olhamos ao redor e vemos
a igreja de Cristo, sendo tragada por lobos devoradores, imersa em teorias,
cheias de fogo estranho, totalmente fora da palavra, tirando textos desconexos
para enganar o povo....homens cheios da letra...mais sem o poder de Deus,
colocando jugo nos filhos de Deus que nem eles mesmos podem carregar...pessoas
enganadas, subjugadas, indo para um caminho sem volta....Quantos tem tido a
coragem que Evans teve...de parar e clamar ao Senhor em arrependimento...lutar
pelo seu ministério, pela obra que Deus confiou em suas mãos...mais abaixam a
cabeça e seguem a maré...minha oração nesse dia é Senhor que meus olhos
espirituas estejam sempre abertos, que a tua verdade esteja gravada em mim, que
o meu ajudador o Espírito Santo de Deus...sempre ache em mim um coração humilde
a sedento para aprender e receber o que o Pai deseja que eu saiba e faça...que
toda raiz de incredulidade e mornidão seja arrancada da minha vida e que a
unção do Senhor se renove todos os dias . Que jamais eu me proste
diante de Mamon....amém
Encontrei por acaso esse texto e li no momento certo.
ResponderExcluirObrigada Senhor!